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sexta-feira, 27 de junho de 2014

한국인, 슬퍼하지 마십시오
(Coreanos, não fiquem tristes)

Lembram daquela campanha mega bacana que o MASP fez com os ingleses quando eles foram eliminados da Copa 2014? 
Agora é a vez dos coreanos.

Tradução: Coreanos, esta semana vocês não precisam pagar para entrar no MASP. E prometemos não falar de futebol!

O esquema é o mesmo: basta você, coreano, apresentar o seu passaporte na bilheteria do MASP e retirar o seu ingresso. Simples assim!
Fez amizade com a galera da Coréia nesta Copa? Que tal chamar para um passeio cultural?

A QUEEN BOOKS INDICA:

As exposições que estão em cartaz no MASP no momento - junho 2014:


ONDE? MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO- MASP
Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP
Telefone (55 - 11) 3251-5644 / Fax (55 - 11) 3284-0574
Próximo à estação do metrô Trianon-MASP 
QUANDO? A PARTIR DE 20/06/2014
Segunda-feira: fechado
De terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30). 
QUANTO?-  R$ 15,00, R$ 7,00 meia. PARA COREANOS QUE APRESENTAREM O PASSAPORTE, O INGRESSO É GRATUITO.

terça-feira, 24 de junho de 2014

GRANDES NOMES DA DECORAÇÃO E DA ARQUITETURA EM UMA OBRA DE REFERÊNCIA.

O livro ELITE DESIGN chega em sua 8º edição trazendo o melhor dos dois mundos- e enchendo os nossos olhos.


Grandes nomes da arquitetura e do Design lado a lado com novas promessas e apostas do meio. ELITE DESIGN é uma edição conceituada entre os profissionais do ramo, mas nós- meros mortais amantes do bom gosto- podemos ficar por dentro do que acontece entre a ELITE.
Já na oitava edição, ELITE DESIGN traz projetos, lança idéias e nos deixa com gostinho de quero  mais na boca. Afinal, quem nunca sonhou com a CASA PERFEITA?

A QUEEN BOOKS INDICA:




AINDA SOBRE FUTEBOL...

Mais brasileiro do que uma partida de futebol, é uma pelada de rua.

O universo das peladas está tão enraizado na cultural popular brasileira quanto o próprio futebol. E uma pelada é democrática; todo mundo pode jogar, qualquer lugar é propício e até um par de chinelos pode virar gol.
Nem mesmo a bola precisa necessariamente ser uma bola.

Na onda dos livros que surgiram no embalo da Copa do Mundo, GEOGRAFIA DO FUTEBOL traz um olhar diferente sobre o esporte do momento. Ao invés de grandes jogadores, estádios milionários e blá blá blá, os autores foram buscar nas ruas, praias e até mesmo na Amazônia o verdadeiro espírito da pelada brasileira.
Como surgiu? Quais são as regras? Menina também joga? Estas perguntas são respondidas dentre tantas outras, em um texto leve que faz o leitor viajar pelo universo descompromissado dos "com camisa x sem camisa".
E como não poderia deixar de ser, fotos cheias de sensibilidade sobre este mundo que  qualquer um pode acompanhar da janela de sua casa.

A QUEEN BOOKS INDICA:

Não, você não está enxergando errado: o preço do livro é R$ 56,00


DADOS TÉCNICOS: Livro bilingue inglês/português, excelente acabamento, faz bonito para amantes do futebol ou até mesmo como coffee table. E o preço é simplesmente IRRESISTÍVEL.





BETO BARATA E O UNIVERSO DO FUTEBOL EM BRASÍLIA

O repórter fotográfico Beto Barata nos brinda com  sua segunda exposição, desta vez retratando o mundo das peladas brasileiras.

O projeto Vamos Jogar Bola! reúne uma exposição fotográfica e um livro sobre o futebol amador no Distrito Federal. Beto Barata, fotógrafo e idealizador, acredita que um dos maiores motivos para realizar o projeto foi o preconceito que perdura no resto do país de que em Brasília não existe futebol.
Abertura da exposição começa no dia 11 de junho. (Foto: Beto Barata)
A ideia surgiu em 2009, mas foi entre 2012 e 2014 que Beto teve uma produção intensa das imagens, quando fotografou praticamente toda a região do Distrito Federal.
Barata traz personagens prioritariamente jovens, mas sem restrição de idade. Enquanto a exposição conta com um total de 43 imagens, o livro bilíngue traz 110 fotografias, além de textos e entrevistas de Clara Arreguy. O projeto está associado ao Artqeduca, responsável pelo Programa Educativo que vai levar diversos alunos para visitar a exposição, com prioridade para estudantes de escolas públicas.

ONDE? Museu Nacional de Brasília, sala 2 – térreo 
Telefone: (61) 3325-5220 |  3325-6410
QUANDO? 12 de junho a 15 de julho/2014-  de terça a domingo, das 9h às 18h30
QUANTO? ENTRADA FRANCA

Ficha técnica:
Beto Barata: Fotógrafo e idealizador
Marri Nogueira: Assistente de Fotografia e Pré-edição
Eraldo Peres: Curadoria

LIVRO
Ipsis Gráfica e Editora: Impressão do Livro
Clara Arreguy: Textos e Entrevistas
Rosa Maria Campos da Silva: Tradutora
Maria Dirce Pereira de Oliveira: Ficha Cartográfica

EXPOSIÇÃO
Manuel Oliveira Nascimento: Montagem da exposição
Luciana Nunes Heringer: Layout da exposição
Caco Tomazzoli: Iluminação da exposição
Casa da Luz Vermelha: Ampliações Fotográficas
Molduras: Aleixu Molduras
Cartaz Projetos Gráficos: Projeto Gráfico e Editoração
André Corrêa: Cine-fotografia
Artqeduca: Programa Educativo
Agenda KB: Assessoria de imprensa
Apoio Cultural: Lente Cultural, Artqeduca e Ipsis Gráfica e Editora
Parceiros: Cartaz Projetos Gráficos, Casa da Luz Vermelha, CIA de Fotometria e LNH Arquitetura
Patrocínio: MinC – Ministério da Cultura e FAC – Fundo de Apoio à Cultura
Realização: Beto Barata Fotografia, Photo Agência e Museu Nacional do Conjunto Cultural da República.
Texto: Thaís Mallon - Ascom / MinC

sexta-feira, 20 de junho de 2014

DON'T BE SO SAD, FELLOWS!

O MASP lançou uma promoção para animar a torcida da Inglaterra.

Agora é fato:  Inglaterra está fora da Copa do Mundo 2014. Mas a torcida inglesa não precisa arrumar as malas e voltar para o Reino Unido.
O MASP lançou a campanha ENGLISH, DON'T BE SAD, que funciona assim: você leva o seu amigo inglês ao MASP, e basta ele apresentar o passaporte na Bilheteria que ele entra NA FAIXA! Mas atenção: esta promoção só vale para os ingleses.
Afinal, nada como Bosch, Monet e Mantegna para espantar a tristeza.


A QUEEN BOOKS INDICA:

As exposições que estão em cartaz no MASP no momento - junho 2014:


ONDE? MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO- MASP
Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP
Telefone (55 - 11) 3251-5644 / Fax (55 - 11) 3284-0574
Próximo à estação do metrô Trianon-MASP 
QUANDO? A PARTIR DE 20/06/2014
Segunda-feira: fechado
De terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30). 
QUANTO?-  R$ 15,00, R$ 7,00 meia. PARA INGLESES QUE APRESENTAREM O PASSAPORTE, O INGRESSO É GRATUITO.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

SALVADOR DALI NO CCBB- RJ

Salvador Dali, o grande ícone do Surrealismo, ganha uma exposição digna de sua grandiosidade no Centro Cultural Banco do Brasil-RJ.


A exposição apresenta cerca de 150 obras do artista, entre pinturas, gravuras, documentos, fotografias e ilustrações. A mostra abrange as diversas fases criativas do pintor, com ênfase no período surrealista, que o consagrou e no qual refletiu seu imaginário singular. A curadoria é de  Montse Aguer.

A QUEEN BOOKS RECOMENDA

  1. As obras de Salvador Dali são magnéticas, e quando vistas pessoalmente conseguem nos transportar para um mundo de pesadelos.
  2. Conheça também o filme Um Cão Andaluz, criação de Luiz Buñuel e Salvador Dali de 1929; cenas marcantes, roteiro não linear. É um mergulho direto na veia do movimento surrealista.
ONDE? CCBB- RJRua Primeiro de Março, 66 - Centro
CEP: 20010-000 / Rio de Janeiro (RJ)- TEL: (21) 3808-2020
QUANDO? De 30/05 a 22/09/2014
QUANTO? ENTRADA FRANCA

ATentação de Santo Antônio, 1946


sexta-feira, 13 de junho de 2014

JORGE ZALSZUPIN: UM ÍCONE DO DESIGN MODERNO NO BRASIL

Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa, mas com TODA A CERTEZA você já viu, comprou ou desejou um móvel criado pelo designer polonês Jorge Zalszupin.

Poltrona Dinamarquesa, 1959

Carrinho de Chá JZ- 1950

Poltrona Veronica, 2008



QUEM É JORGE ZALSZUPIN? 

Nascido na Polônia em 1922, aos quinze anos foi atraído irresistivelmente por um livro, através da vitrine de uma livraria. Ao abrir aquele livro com pequenas letras LC (Le Corbusier) impressas em dourado na capa de juta, ficou irremediavelmente seduzido pela Arquitetura. Estudou durante a guerra e quando se formou em 1945, desiludido com destruição que viu em sua cidade, partiu em busca de outras terras. Depois da França, veio para o Brasil, onde encontrou condições para desenvolver sua arquitetura impar, poética, sensual e moderna. Para que os clientes aceitassem suas idéias arrojadas, teve que construir primeiro sua própria casa. Daí, desenhar o mobiliário, que se adequasse à sua arquitetura, foi uma conseqüência natural. As madeiras disponíveis, a avidez pelo novo do pós-guerra, a onda desenvolvimentista no Brasil daquele período eram condições ideais para que suas criações fossem muito bem aceitas pelas cabeças mais abertas. Mais adiante, aquele mobiliário de linhas puras, execução primorosa e materiais nobres, confortável e atemporal, foi industrializado. Sua marca L'Atelier espalhou-se por quase todo o Brasil e seus showrooms eram referenciais de modernidade. Em Brasília, nos anos 60/70, não havia prédio público que não tivesse a sua marca. Na fábrica, uma estrutura de primeiro mundo mobilizava designers, arquitetos, engenheiros, artesãos e toda uma estrutura de profissionais que colaboravam desde a pesquisa de materiais até o produto final produzido e comercializado.


Jorge Zalzupin é um nome obrigatório no panteão de todos os designers e decoradores de interiores. Suas criações integram o imaginário brasileiro, unindo sempre a simplicidade com muito bom gosto. Ficou com vontade de conhecer mais ? O Blog da Queen tem a solução:

A QUEEN BOOKS INDICA:

Jorge Zalszupin: Design Moderno no Brasil

Jorge Zalszupin carecia de uma obra que documentasse toda a sua extensa carreira- veja bem, CARECIA. A Editora Olhares, juntamente com a professora da FAU/USP Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, atendeu as preces de todos os amantes do bom design e lançaram JORGE ZALSZUPIN: DESIGN MODERNO NO BRASIL. Esta edição reúne textos que contextualizam a produção do designer e contam a história da L'Atelier, pioneira na produção industrializada do móvel moderno brasileiro, nos anos 1960, e também no uso intensivo de design em produtos de plástico nos anos 1970. Há ainda verbetes ilustrados sobre 34 linhas de móveis do designer e, por fim, um capítulo sobre a reedição da obra de Zalszupin e sua inserção nas formas de produção e nos ambientes contemporâneos. O livro, que conta com prefácio do diplomata e crítico André Correa do Lago e foi organizado por Lissa Carmona Tozzi, é concluído com um contraponto afetivo: um ensaio fotográfico na casa do designer, ainda vivo aos 93 anos.




MIS-SP PROMOVE A MARATONA CINE COOL

Idealizada pela jornalista Márcia Scapaticio, o MIS apresenta a mostra Cine Cool. Nela, estão reunidos cineastas que promovem um encontro entre o universo pop e o cinema, identificados pelo público e crítica como símbolo de inovação estética e linguagem, e que influenciaram e reinventaram não só a produção cinematográfica recente, mas a moda e a música, essa última com papel determinante na condução das narrativas e na construção das imagens. 



Alguns deles desenvolveram forte relação com a criação de videoclipes, aproveitando o espaço que a MTV norte-americana abriu para a experimentação musical e visual nos anos 1990.
18 de junho, quarta
19h 
Rebobine, por favor 
(Be Kind Rewind)
dir. Michel Gondry, 2008, 100 min, cor, 12 anos, Blu-ray
 
21h
As virgens suicidas 
(The Virgin Suicides)
dir. Sofia Coppola , 1999, 96 min, cor, 16 anos, Blu-ray
 
19 de junho, quinta
19h 
Os excêntricos Tenenbaums 
(The Royal Tenenbaums)
dir. Wes Anderson, 2001, 109 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
21h
Adaptação 
(Adaptation - The Orchid Thief)
dir. Spike Jonze, 2002, 114 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
20 de junho, sexta
19h 
O Fantástico Senhor Raposo 
(Fantastic Mr. Fox)
dir. Wes Anderson, 2009, 86 min, cor, livre, Blu-ray
 
21h 
Quero ser John Malkovich 
(Being John Malkovich)
dir. Spike Jonze , 1999, 112 min, cor, 18 anos, Blu-ray
 
21 de junho, sábado
16h
Onde vivem os monstros 
(Where the Wild Thing Are)
dir. Spike Jonze, 2009, 95 min, cor, 10 anos, Blu-ray
 
18h
Alta fidelidade 
(High Fidelity)
dir. Stephen Frears e Mark Dindal, 2000, 113 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
20h
A vida marinha de Steve Zissou 
(The Life Aquatic with Steve Zissou)
dir. Wes Anderson , 2004, 119 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
22 de junho, domingo
16h 
Viagem a Darjeeling 
(The Darjeeling Limited)
dir. Wes Anderson, 2007, 90 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
18h
Encontros e desencontros 
(Lost in Translation)
dir. Sofia Coppola , 2003, 101 min, cor, 14 anos, Blu-ray
 
20h
Brilho eterno de uma mente sem lembranças 
(Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
dir. Michel Gondry, 2004, 108 min, 14 anos, Blu-ray

ONDE? Museu da Imagem e do Som - Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo - SP, 
QUANDO? 18 a 22/06/2014
QUANTO? INGRESSOS GRATUITOS

 
DANÇA PARA A SAÚDE E O BEM ESTAR


A grande maioria das pessoas gosta de dançar. E aquelas que não gostam - seja por vergonha ou por falta de prática- reconhecem que dançar é uma arte.


Dançar pode ajudar a emagrecer? A tonificar o corpo? A resposta é sim.

A dança está presente em todas as civilizações humanas, desde os seus primórdios. Era através da dança que muitos povos acreditavam se aproximar de seus deuses e, através de seus corpos, personificar bençãos.
Dançar é uma forma de expressão da alma. E é claro, uma aula de dança - seja ela qual for- pode ajudar a tonificar, alongar e tornear nosso corpo.



Os benefícios que a dança pode trazer ao ser humano são muitos: terapêuticos, culturais, sociais, educacionais a científicos. Além disso, como em toda atividade física o cérebro libera serotonina, substância que traz a sensação de alívio, melhorando o humor e o sono. 

A atividade age involuntariamente de forma terapêutica na pessoa que a pratica e faz com que haja foco no movimento, desempenho, ritmo e percepção do corpo, influenciando diretamente no aumento da autoestima, já que a atenção de problemas externos e preocupações são desligadas.

Segundo a professora do curso de Educação Física do Centro Universitário de Araraquara- Uniara e também bailarina e proprietária da academia Núcleo de Dança, Renata Pestana, " todo corpo pode e deve dançar à sua maneira, gosto e objetivo" . Por ser dinâmica, a atividade pode substituir outras práticas físicas, como academias de musculação e caminhadas, que são presas a uma rotina de exercícios limitados. Mas a docente não recomenda a procura pela dança para emagrecimento e lembra que apesar de o corpo ser moldado, a prática não tem como intuito a perda de peso, excluindo o pensamento de que o bailarino é magro por causa da dança. " A verdade é que bailarino não possui um corpo magro, possui um corpo atlético justamente porque ao dançar, para melhorar seu desempenho, ele acaba se valendo de uma gama de trabalhos físicos paralelos que promovem um resultado conjunto" , completa.



A dança possibilita conhecer e compreender a diversidade das manifestações culturais, de diferentes povos, fazendo um estudo de como surgiu aquele ritmo e sua dança. " Esse saber é riquíssimo e nos proporciona ligações com a história do homem, da arte, e assim, entendermos o mundo hoje" , completou a docente.

INDICAÇÃO QUEEN BOOKS


Livro DANÇA- MOVIMENTO E EXPRESSÃO CORPORAL

Este livro foi uma grande surpresa para nós: inicialmente parecia apenas um manual com passos de danças, mas as aparências enganam; sim, ele traz um passo a passo ilustrado de vários tipos de danças, como Contemporânea, Do Ventre, Africanas e etc, mas além disso também traz um guia completo com exercícios de respiração, resistência e alongamentos específicos para cada dança!

Passo a passo de dança africana

DANÇA- MOVIMENTO E EXPRESSÃO CORPORAL é acima de tudo um guia. Para você, que quer aprender alguns passos sozinho, pois não se sente a vontade em uma academia. Para você, que quer aprender novas danças. Para você, instrutor, que quer novas abordagens técnicas. E para você, auto-didata que quer uma forma prazerosa de se cuidar.

Informações detalhadas de exercícios para tonificar a musculatura.


NÓS RECOMENDAMOS:

Livro: DANÇA- MOVIMENTO E EXPRESSÃO CORPORAL
Autora: Sonia Sampayo
Páginas: 162
Editora: Queen Books




BEM VINDO AO BLOG DA QUEEN!

Este é o 1° post de muitos, para todos aqueles que amam o mundo das Artes. A Queen Books já está neste meio há mais de duas décadas, então, porque não compartilhar o nosso conhecimento?

Vamos falar sobre as melhores exposições do momento, e, é claro, vamos falar sobre a OBSESSÃO INFINITA de Yayoi Kusama no Instituto Tomie Ohtake- SP.

"Filled with the Brilliance of Life", uma das instalações mais incríveis desta exposição.

A exposição termina no dia 27/07/2014, e você simplesmente NÃO PODE PERDER. Mesmo para aqueles que não conhecem o trabalho e a história da mais importante artista plástica do Japão pós-guerra, esta exposição é indispensável por vários motivos:

  1. Você fica hipnotizado com as instalações
  2. Você é arrastado para uma viagem dentro da cabeça de Yayoi
  3. Você não consegue parar de pensar nos pontos coloridos.
Mas chega de enrolação e vamos ao que interessa:

QUEM É YAYOI KUSAMA?

Yayoi nasceu na cidade de Matsumoto em 1929, e começou a realizar seus trabalhos semi-abstratos em 1940. Nesta época já estavam presentes pequenos padrões em forma de arcos que se repetiam infinitamente- a série INFINITY NET começou a ser idealizada no final de 1950-.
Em 1957 ela se muda para Nova York e entra em contato com as obras de artistas como Andy Warhol, Claes Oldenberg, Donald Judd, etc., provocando uma ebulição em sua arte. São desta época as suas esculturas "Accumulations", obras delicadas e provocantes.

Fotografia de Yayoi Kusama com a série "Compulsion Furniture" - Accumulations. 1964

Yayoi ganhou notoriedade e participou de várias performances com outros nomes da chamada "subcultura marginal" da época.
Em 1973 Yayoi retornou ao Japão, e desde 1977 vive por vontade própria em uma instituição psiquiátrica. Yayoi afirma que sua obra é um reflexo do que ela vê, fruto de alucinações e de seu transtorno obsessivo-compulsivo. Seu trabalho é uma mistura de diversas artes como, colagens, pinturas, esculturas, arte performática e instalações ambientais, onde é visível uma característica que se tornou a marca da artista: A obsessão por pontos e bolas.
Como a própria artista diz: "Minha arte é uma expressão da minha vida, sobretudo da minha doença mental, originária das alucinações que eu posso ver. Traduzo as alucinações e imagens obsessivas que me atormentam em esculturas e pinturas. Todos os meus trabalhos em pastel são produtos da neurose obsessiva e, portanto, intrinsecamente ligados à minha doença. Crio peças, mesmo quando não tenho alucinações”.

OBSESSÃO INFINITA: A CRÍTICA

Para um dos curadores da mostra, o canadense Philip Larratt-Smith, os diversos sintomas e manifestações da doença mental de Kusama encontram equivalentes simbólicos em sua arte:

— De uma maneira muito clara, e muito pura, ela encarna o mito do poeta doente; da ideia de que o artista faz o seu trabalho a partir do sofrimento e do trauma. A linha entre sua vida e sua arte é muito fluida e, algumas vezes, desaparece totalmente

A produção artística ajudou Kusama a canalizar suas ideias e manter-se viva. Já no fim dos anos 1950, ela começou a trabalhar em uma de suas mais celebradas séries, “Infinity net” (“Rede infinita”), que pode ser vista na exposição.
— Por causa da guerra, eu tive que passar a minha juventude na escuridão de um Japão militarista — conta a artista. — Isso fez com que eu buscasse um lugar mais amplo, um mundo exterior em que pudesse me expressar. Então, fui para os Estados Unidos.
Kusama chegou a Nova York em 1957, e lá entrou em contato com artistas como Donald Judd, Joseph Cornell e Andy Warhol. Foi na cidade americana onde ela começou a fazer peformances, em que pessoas nuas eram cobertas com suas indefectíveis bolinhas, numa espécie de celebração do amor livre.

Yayoi Kusama- Infinity Nets, 1960

— De certa forma, Kusama e Warhol eram líderes em campos rivais — resume Larratt-Smith. — Cortejavam a publicidade e criaram personas midiáticas fascinantes para promover suas obras. Ambos experimentavam com a criatividade coletiva: Warhol tinha a Factory; Kusama tinha suas orgias e performances.

Ainda assim, foi somente há dois anos que o trabalho dela ganhou suas primeiras grandes exposições internacionais: em 2011, no Reina Sofía, em Madri, e no Centro Pompidou, em Paris; e, no ano passado, na Tate Modern, em Londres, e no Whitney Museum, em Nova York. Sem falar na sua produção de estampas para a grife Louis Vuitton.

— Kusama viveu nos EUA de 1957 a 1973, período em que produziu o trabalho pelo qual é mais conhecida — justifica Larratt-Smith. — O público japonês viu pouco ou quase nada disso. E, quando ela voltou ao seu país, decidiu viver numa instituição psiquiátrica. O Japão era, e de certa forma ainda é, um país profundamente patriarcal, em que as mulheres não têm as mesmas liberdades que os homens. É também uma cultura conformista, e o trabalho iconoclasta de Kusama e sua personalidade singular (sem mencionar o fato de que ela discute publicamente sua doença mental) fizeram com que ela não fosse muito compreendida até recentemente.
Hoje, ela vive o auge de sua fama internacional, figurando como a terceira artista mulher que mais ganhou dinheiro com seu trabalho (atrás apenas das americanas Joan Mitchell e Mary Cassatt): ao longo da vida, já faturou cerca de US$ 127,7 milhões. E, embora Kusama fosse pouco conhecida na Argentina, sua recente exposição no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) comprovou a força de sua arte: durante dois meses e meio, e em pleno inverno, os portenhos fizeram fila ao redor do museu para prestigiar a mostra, que acabou batendo recorde de público.

A “kusamamania” se repete
A “kusamamania” que tomou Buenos Aires promete se repetir em São Paulo. “Obsessão infinita” apresenta cerca de cem obras, produzidas de 1949 a 2012, incluindo pinturas, trabalhos em papel, esculturas, vídeos, apresentações em slides e, sobretudo, instalações.
Entre os maiores destaques está um de seus trabalhos seminais, o “Campo de falos” — um jardim de falos decorados com bolas vermelhas e brancas numa sala espelhada. Outro destaque é a instalação “Cheia de brilho da vida”, em que as bolinhas aparecem na forma de lâmpadas que se acendem e apagam em cores diferentes.

Campo de Falos- Yayoi Kusama 


 E o público também é chamado a participar da obsessão da artista. Logo na entrada, cada visitante receberá uma cartela de adesivos, todos de bolas coloridas, para decorar outra instalação, a “Sala da obliteração”, originalmente toda em branco.

Ao fim da exposição, 36 telas gigantescas pintadas entre 2012 e 2013 mostram que a artista continua trabalhando com afinco em seu ateliê, dentro da instituição psiquiátrica em que vive.
— Hoje, muitas pessoas generosamente reverenciam minha arte e são tocadas pela minha maneira de viver. Fico feliz que a sociedade tenha evoluído tanto — diz ela.

Desvendar a relação entre loucura e arte desafia cientistas há décadas. Não é preciso ser um grande especialista para notar o número excessivamente alto de artistas das mais diversas áreas que sofrem de algum distúrbio mental. E também o quanto a expressão artística funciona como tratamento para muitos transtornos. Yayoi Kusama encarna os dois lados dessa equação. Seus trabalhos são uma expressão de seu mundo interior, mas também funcionam como uma forma de evitar o suicídio, em suas próprias palavras.

— Eu sou inspirada por todo o universo, pela Humanidade e por ilusões e sonhos que existem dentro de mim — afirma a artista. — Vez por outra, mensagens sobre as mais diversas coisas nascem dos meus conflitos mentais, resultando na criatividade da minha arte. (...) Mas a minha arte é também necessária para que eu lute contra meus sentimentos de morte.

No início do século passado, a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) já tinha percebido empiricamente o quanto o trabalho artístico servia como tratamento para seus “clientes” (como ela preferia chamar os pacientes), numa época em que remédios para tais transtornos eram praticamente inexistentes. Mas é preciso cuidado: uma condição não necessariamente deriva da outra. Nem todo “louco” é criativo ou todo criativo é “louco”. As condições, no entanto, podem estar ocasionalmente relacionadas, como a ciência vem procurando demonstrar.
Uma das teses mais aceitas hoje é explicada pelo neurocientista Roberto Lent, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A região do lobo pré-frontal do cérebro (atrás da testa) é responsável por regular a aceitação das regras sociais e a avaliação dos perigos. É ela que alerta para infrações, que impede que nos envolvamos em situação de risco elevado, que faz com que respeitemos as normas legais.
Resumindo, o lobo pré-frontal atua como uma espécie de freio. E, teoricamente, quanto menos freio tivermos, mais criativos seremos. Sem freio, ou, digamos assim, com um freio defeituoso, tendemos a requisitar soluções mais inusitadas de outras áreas do cérebro, deixar fluir ideias inicialmente consideradas “loucas”, “impróprias” ou perigosas demais.
Alterações dessa região do cérebro, portanto, podem levar a decisões de vida mais audaciosas, assim como a comportamentos autodestrutivos, a determinadas patologias (como psicopatia, esquizofrenia e transtorno obsessivo compulsivo) e também a um aumento da criatividade. Ou a várias dessas coisas ao mesmo tempo.

Não é por acaso também que os remédios usados no tratamento de transtornos costumam “embotar” a criatividade, embora devolvam ao paciente uma vida praticamente normal. Ou, nas palavras de Kusama:
— Eu tomo remédios todos os dias, exceto quando estou pintando.
(Crítica por Roberta Jansen, jornal O Globo, 06/10/2013)


Na Queen Books...

A editora Globo lançou uma linda edição do livro Alice no País das Maravilhas (Lewis Caroll) ilustrada por ninguém menos que Yayoi Kusama. Dá para imaginar as ilustrações???


Quer saber mais detalhes sobre esta edição? Acesse já o nosso site: http://queenbooks.com.br/produto/1250/as-aventuras-de-alice-no-pais-das-maravilhas.html

Será que podemos traçar um paralelo entre as obras de Yayoi Kusama e Artur Bispo do Rosário?
Queremos saber a sua opinião!

Obsessão Infinita, de Yayoi Kusama
Quando? Visitação do público: de 22 de maio a 27 de julho de 2014.
Onde? Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros, SP
Quanto? Entrada franca
Funcionamento: De terça a domingo, das 11h às 20h
Mais informações: (11) 2245-1900